21 Maio - 2018

COMISSÃO DE DIREITO DO TERCEIRO SETOR DA OAB/MA REALIZA RODA DE DIÁLOGOS PARA DEBATER AS OSC NO MARANHÃO

No intuito de conectar os membros do terceiro setor maranhense com os integrantes da Comissão de Direito do Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA), o presidente da comissão, Everardo Rodrigues Júnior, articulou uma agenda de encontros para ouvir as demandas dos envolvidos no setor. 

O primeiro encontro foi realizado esta semana, na sala da Escola Superior da Advocacia (ESA), com uma roda de diálogos para discutir o atual cenário em que se encontram as organizações de iniciativa privada, sem fins lucrativos e que prestam serviços de caráter público no Maranhão.

Para conduzir o bate papo, a Comissão de Direito do Terceiro Setor convidou a presidente da Organização da Sociedade Civil (OSC) Nave, Rebeca Alexandre, para compartilhar um pouco da experiência vivida à frente da OSC. “Hoje eu trouxe para a Comissão as dificuldades vividas pela burocratização do Brasil no que se refere à captação de recursos, além dos entraves que encontramos no terceiro setor no nosso país, e que no Maranhão têm sido muito maiores”, alertou.

Rebeca começou o encontro situando os participantes da experiência da Nave, que já atua há 11 anos no mercado. Ela destacou a posição social do terceiro setor e quais são os maiores desafios, a partir das experiências vividas no espaço. “Trouxemos um pouco do histórico, de onde estamos, onde queremos chegar. Começamos como um hobby, e nos finais de semana, em alguns momentos livres, realizávamos muitas ações sociais, e depois virou o nosso ofício”, resumiu.

De acordo com as análises da convidada, apesar das crises e das dificuldades do dia a dia, o terceiro setor já está consolidado no país, devida à execução de ações que complementam o primeiro setor e das ações de responsabilidade social que são realizadas pelas Organizações da Sociedade Civil em parceria com as empresas privadas. “O terceiro setor chega onde o primeiro setor (Governo Federal, Governo Estadual, e prefeitura) e o segundo setor (empresas de iniciativas privadas) não chegam. O terceiro setor surgiu com a missão de resolver problemas sociais, ambientais, de saúde, de cultura, de educação e econômicos de uma comunidade. Enfim, as entidades não governamentais podem ser de diversos segmentos, e é isso que queremos compartilhar”, concluiu.

O presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor, Everardo Rodrigues, disse que a ideia do encontro era iniciar a prática de reuniões ordinárias de forma aberta, trazendo pessoas, não só advogados, mas membros da sociedade civil que tenham relações com o terceiro setor. “Essas pessoas podem apresentar para os advogados da comissão o que elas vêm fazendo, as suas demandas, as suas necessidades e de que maneira a OAB poderia ajudá-los a desenvolver seu trabalho. O encontro tem um ponto de vista pedagógico para entender a ótica do que está acontecendo lá fora, e por sua vez, esses convidados podem expor suas demandas”, destacou.

Everardo enfatizou que dos encontros podem nascer projetos embrionários e que por isso a ideia de trazer todos os stakeholders [público estratégico com interesse em um empreendimento] e de todas as partes relacionadas ao terceiro setor. “Ou seja, nós queremos trazer para cá aquelas empresas que investem no terceiro setor, como a Alumar, a Vale, a Petrobrás, até porque temos notícias de que estas entidades querem doar recursos para projetos, mas que não conseguem porque não há entidades que cumpram as exigências”, complementou.

Para um próximo encontro, o presidente da comissão diz que o projeto é convidar pessoas dos cartórios de registros de pessoas jurídicas, responsáveis por realizar a constituição das empresas das entidades do terceiro setor, criando mais uma relação de aproximação para ingressar na discussão sobre a importância das Organizações da Sociedade Civil.

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