20 Setembro - 2011

OAB/MA denuncia violência contra índios Awá-Guajá

Redes de TV e jornais participaram da coletiva de imprensa organizada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, pelo Conselho Indigenista Missionário, a Comissão Pastoral da Terra, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e a Cáritas Brasileira para denunciar casos de violência envolvendo índios Awá-Guajá.

Redes de TV e jornais participaram nesta terça-feira (20/09) da coletiva de imprensa no auditório do Ministério Público Federal, organizada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, pelo Conselho Indigenista Missionário, a Comissão Pastoral da Terra, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e a Cáritas Brasileira. Foram denunciados casos de violência e ameaça de morte envolvendo índios da etnia Awá-Guajá.

Segundo o procurador da República, Alexandre Soares, que acompanha o caso, além da violência física e das ameaças de morte por parte de funcionários e capatazes das madeireiras que invadiram a Terra Indígena Caru, os indígenas denunciam a omissão e total falta de assistência da Fundação Nacional do Índio (Funai). “Nem mesmo um servidor da Funai existe no local. Eles não podem nem registrar queixa nas delegacias próximas porque não falam o português direito e não contam com a assistência da fundação para auxiliar em situações como estas”, relata.

Diante da situação de conflito vivida pelos Awá-Guajá, o procurador irá pedir a presença ostensiva da Funai na reserva indígena, bem como proteção à vida dos líderes da tribo, principais ameaçados pelos donos de madeireiras.

Presente há 10 anos na reserva dos Awá-Guajá, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), além de ajudar nas denuncias de violência contra a tribo, também tentar reivindicar assistência para os indígenas. “Eles estão há dois anos sem assistência por parte da Funai, que os tirou da categoria de indígenas de recente contado para os colocar em situação de risco”, afirma, Rosemery Diniz, membro do Cimi.  De acordo com ela, por serem povo caçador-coletor, a falta de apoio por parte da Funai e a ameaça dos madeireiros representa um risco à própria sobrevivência dos  Awá-Guajá.

Fotos: Handson Chagas

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