24 Outubro - 2016

O JURISTA PÓS-MODERNO DEVE SER ANTENADO E PENSAR NO SER HUMANO, DIZ O DESEMBARGADOR JAMES FARIAS

O jurista pós-moderno tem que ser o jurista do bem e antenado e deve pensar na inclusão social, no humanismo e acima de tudo, no ser humano. A afirmação é do desembargador e presidente do Tribunal Regional do Trabalho, James Magno Araújo Farias, feita durante a aula inaugural do Curso de Especialização lato sensu em Direito Processual Civil.

O Curso de Especialização em Direito Processual Civil é fruto de um convênio firmado entre a OAB-MA, por meio da ESA, e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A aula teve como tema “O Jurista brasileiro na pós-modernidade” e foi ministrada na noite da última sexta-feira (21), no plenário da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Maranhão (OAB-MA).   

Durante a aula, o desembargador fez uma contextualização sobre o conceito histórico a respeito da pós-modernidade, destacou os avanços tecnológicos a partir do período pós-guerra mundial bem como o comportamento de três gerações etárias de juristas no Brasil.  

São elas as gerações baby boomer, nascida entre 1946 a 1964, que são os ministros dos tribunais superiores e os desembargadores; a geração X (1965 a 1979), onde encontram-se  alguns ministros e muitos desembargadores e juízes titulares e, a geração Y, sendo esta última a dos nascidos depois de 1980 e até o ano 2000. “Esta geração Y é a do juiz substituto, dos advogados, alguns que iniciam o exame de Ordem, os que estão se formando e ingressando a pouco tempo na OAB”, explicou.

Após contextualizar e explicar as diferenças entre cada geração, o desembargador James Farias chamou a atenção que cada geração tem a sua importante contribuição à justiça brasileira e por isso devem se completarem. “É importante que estas gerações se completem, na medida em que, temos que ter a maturidade e a experiência das gerações mais antigas com a juventude e o entusiasmo das gerações mais novas, que é a uma geração nascida no conhecimento da informação. Esta pós-modernidade é a geração da alta tecnologia, de informação em tempo real, da nuvem, do netflix, do youtube. São gerações que tem acesso a um conhecimento muito amplo. É importante que este conhecimento seja revertido em benefício do direito. O jurista pós-moderno tem que ser o jurista do bem, antenado, que pensa na inclusão, no humanismo e acima de tudo, no ser humano”, pontuou.

Para o diretor da ESA, João Batista Ericeira, a aula inaugural foi esplendorosa, em termos de ilustração cultural e também das possibilidades de uma compreensão edificante sobre o novo Código de Processo Civil, sobre o qual tratará o curso de especialização. “O curso é promissor e acredito que vai contribuir bastante para a capacitação dos nossos colegas advogados. É preocupação permanente da OAB-MA e da ESA dotar os colegas de instrumentos para exercerem uma advocacia eficaz e com bons resultados”, observou o diretor.

Para a professora da UFMA, coordenadora da pós-graduação, Ana Maria Sousa e Silva, o curso dará oportunidade aos profissionais do direito, principalmente, os advogados, de se atualizarem com professores qualificados do quadro da Universidade Federal do Maranhão e também de outros profissionais que, mesmo não estando no quadro da instituição, são de renome e de sucesso no mercado. “Esta pós-graduação oferecerá aos alunos a oportunidade de renovar e aprofundar os seus conhecimentos relacionados ao Novo Código de Processo Civil”, disse a coordenadora.

O Curso de Especialização em Direito Processual Civil conta com mais de 70 advogados inscritos que passaram por rigoroso processo seletivo. Com carga horária de 420 horas/aula, o curso será realizado em 18 meses.

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