16 Janeiro - 2014

OAB quer indenização para famílias de presos mortos e vítimas de ataques

Objetivo seria compensar famílias das vítimas da violência em São Luís. Informação foi dada pelo presidente da OAB-MA, Mário Macieira

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Maranhão OAB-MA, Mário Macieira, disse, em entrevista à Rádio CBN, concedida na manhã desta quinta-feira (16), que a instituição vai propor ação civil pública para pedir que o Estado do Maranhão indenize as famílias dos detentos mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e as vítimas dos ataques a ônibus realizados na noite de 3 de janeiro deste ano, em São Luís.

"Estamos estudando propor uma ação civil pública que visa obrigar o Estado a adotar providências para melhoria da segurança pública e, também, reparar as famílias das vítimas da violência, tanto as que foram vitimadas dentro dos presídios, quanto as que foram alcançadas fora dos presídios, como as vítimas dos ataques a ônibus neste ano", declarou o presidente.

Segundo Macieira, a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA também está acompanhando a situação das pessoas que ficaram feridas nos ataques a ônibus. A ação deve ser submetida ao conselho da seccional da OAB no dia 29 de janeiro.

Violência
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias aconteceu em São Luís na noite de 3 de janeiro. A ordem partiu da liderança de uma facção criminosa, de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Até agora, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos ataques, entre eles, seis menores.

Entre as vítimas, a menina Ana Clara Santos, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado no ataque, morreu no dia 6 de janeiro. A irmã dela, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, teve 20% do corpo queimado e recebeu alta médica nessa quarta-feira (15). A mãe das duas meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado no ataque e continua estável, mas em estado grave, no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília.

O entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado tentando salvar as crianças, está no Hospital de Queimaduras de Goiânia (HQG) e respira com ajuda de aparelhos. A operadora de caixa Abiancy Silva, de 35 anos, teve 10% do corpo queimado no ataque e está no Hospital Tarquínio Lopes, em São Luís, com queimaduras no braço direito e no abdômen. Ela ainda não tem previsão de alta, mas está fora de perigo.

 

Fonte: G1 Maranhão

Foto: Eugênio Novaes

 

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