OAB-MA

“Basta de corrupção. Basta de tratar a política como um negócio privado”, reagiu o presidente da OAB Nacional, Ophir Cavalcante, no encerramento do I Congresso Ibero-Americano de Direitos Humanos, em São Luís. “Ninguém agüenta mais viver num país com tantos casos de corrupção”, afirmou ainda. Em um discurso, que considerou “uma mensagem da advocacia brasileira e para a advocacia”, Ophir iniciou mencionando os 183 anos da criação dos cursos jurídicos no Brasil e defendeu a necessidade de estes extrapolem a esfera acadêmica e passem a formar a consciência crítica da classe.

Com um pronunciamento que ressaltou as palavras do presidente da Seccional do Maranhão, Mário Macieira, sobre Ética, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasi, provocou: “Não vamos acabar com a corrupção com a Lei da Ficha Limpa. Por que não sai logo a Reforma Política?”. E criticou o fato de as “milionárias verbas publicitárias serem transformadas em instrumento promocional de candidatos”. Ophir Cavalcante destacou ainda o papel que os advogados têm de proteção da sociedade, como aqueles que “fazem valer” os direitos fundamentais, enfatizando também a função da Advocacia Pública. “Advocacia Pública é de Estado, e não de Governo. Não podemos transformar atos de Estado em atos de Governo”, considerou.

O presidente nacional dos advogados do Brasil fez uma defesa veemente da luta por um País mais justo e fraterno e encerrou, afirmando: “Tenho muito orgulho da advocacia e se eu pudesse voltar em uma outra vida, eu escolheria voltar como advogado”. Ao final, o presidente da OAB/MA, Mário Macieira, convidou o ex-presidente, membro honorário e vitalício da Seccional, Raimundo Marques para fazer a saudação de encerramento ao presidente nacional da Ordem. Marques enalteceu a simplicidade de Ophir Cavalcante. “Afirmam que a simplicidade é irmã gêmea da sabedoria. O senhor conquista a todos com sua simplicidade, sem arrogância, com suas “posições de impacto positivo na sociedade brasileira”, destacou.