30 Maio - 2022

DEBATE SOBRE A DIVERSIDADE DO SER MÃE EM RODA DE DIÁLOGO DA OAB/MA

Maternidade e diversidade devem caminhar juntas na busca pela garantia de Direitos e enfrentamento dos preconceitos. Essa foi uma das diretrizes do Bate Papo sobre Desafios Diversos da Maternidade realizada pela OAB/MA e pela Caixa de Assistência dos Advogados do Maranhão.

Na abertura da atividade, a vice-presidente da OAB/MA, Tatiana Costa, falou sobre a importância do ser mãe. “Mãe é sentir, é se entregar. É preciso ser mãe de maneira sistêmica para enfrentar os desafios”. A vice presidente da CAAMA, Alynna Almeida, e integrante da Comissão do Direito das Famílias lembrou da atuação da instituição em acolher todas as mães. “Estamos atentos e vigilantes aos direitos de todas as mães, gestantes e adotantes”, afirmou.

A presidente da Comissão da Mulher e da Advogada, Nathusa Chaves, agradeceu pela presença de todos e chamou os presidentes das Comissões que, conjuntamente com a CMA, atuaram na organização do evento: Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero, de Direito das Famílias, de Direito da Pessoa com Deficiência. “É um momento de diálogo com a diversidade da sociedade e principalmente com militantes pelos direitos das pessoas com deficiência”, afirmou Nathusa Chaves.

“O desafio está em constituir famílias enquanto corpos LGBTs e reafirmamos que existimos enquanto famílias, devemos ecoar isso nesta roda de Diálogo”, afirmou o presidente da Comissão da Diversidade Sexual, Igor Farias. A presidente da Comissão de Direito da Pessoa com Deficiência, Macela Proença, emocionada, falou sobre a emoção e história que cada mãe traz consigo. “Estamos aqui para apoiarmos e acolhermos”, afirmou.

“A superação das limitações físicas e sociais”
Em comum, as participantes da roda intitulada “A superação das limitações físicas e sociais” enfrentam e enfrentaram o preconceito de uma maneira geral. A advogada Tiza Alencar, vice-presidente da Comissão do Direito das Famílias, conduziu de maneira leve a troca de experiências entre convidadas.
“Sempre entive envolvida em causas sociais na luta pelos Direitos Humanos, mas o Carlos Eduardo trouxe um novo olhar. Por acreditar em uma sociedade que possa compreender a situação das pessoas deficientes apesar de todo o incapacitismo”, afirmou Liane de Souza, mãe do “Duda” de 32 anos e que tem paralisia cerebral e fundadora do Centro Dialético dos Pais e Amigos dos Especiais.

“É como se a deficiência fosse um problema, ninguém aborda o despreparo dos profissionais para tratar com deficientes, aconteceu tudo ao mesmo tempo na minha vida: o AVC que me tirou a visão, a gravidez e a maternidade, afirmou Priscilla Selares, advogada, vice-presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/MA.

“As relações de gênero e parentesco tendem a desestabilizar as estruturas das famílias conservadoras. As limitações ainda são enormes, ainda somos representadas pelos estereótipos, apesar das conquistas como, por exemplo, o reconhecimento do casamento homoafetivo”, afirmou Jaciana Sampaio, mãe de duas filhas e doutora em Ciências Sociais, professora de Sociologia.

Todas foram unânimes em falar da experiência única que é a maternidade, uma fonte inesgotável de coragem e resistência.

“Maternidade x Mercado de Trabalho”

Nesta roda, as participantes trouxeram a experiência da qualificação, gravidez e mercado de trabalho. As vivências foram diferentes na conquista do conhecimento e do tão sonhado lugar no mercado de trabalho, mas que se cruzaram na maternidade. Uma transformação para todas tendo o receio, o amor e a coragem em comum.

A vice-presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/MA, Maria da Glória Aquino, condutora da Roda de Diálogo, falou sobre a experiência de mediar pela primeira vez um debate sobre a maternidade. Ela lembrou da época de sua gravidez e o desafio de prestar o concurso para professora da Universidade Federal do Maranhão.

Para Ainah Antunes, mãe de três filhos, farmacêutica, com habilitação em Bioquímica e gestora de empresa, a gravidez teve uma nova experiência agregada ao desafio de apresentar resultados mediante a condução de uma empresa familiar. “Foi desafiador ter que estudar, amamentar (meus filhos mamaram até os três anos e meio) e cuidar do lado profissional”, afirmou.

Lívia Viana, mãe de duas meninas, administradora e engenheira civil, falou do desafio de seguir com a gravidez e a graduação ao mesmo tempo. “Tive o cuidado de não deixar que nada faltasse para a minha família, estudava da meia-noite às 2h da manhã e fazia questão de colocar a mesa para jantarmos juntos”, afirmou.

A experiência de vida da advogada Teresinha Marques trouxe uma mensagem sobre a necessidade das pessoas serem mais afetuosas e seguirem firmes nos seus objetivos. A personalidade forte e inquieta a preparou para diversas experiências profissionais e o tempo deu a serenidade necessária para enfrentar desafios, como a perda do marido e uma grave doença em um ente de sua família. “Determinação, persistência e leveza. A vida vale muito a penas e as experiências pessoais e profissionais devem ser vivenciadas intensamente”, finalizou.

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