26 Abril - 2018

JURISTAS NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS É TEMA DE CONFERÊNCIA NA OAB MARANHÃO

A estreita relação entre os operadores do Direito e a Literatura foi discutida no segundo dia da programação do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, realizada na manhã desta quinta-feira (26), na sede da OAB Maranhão. O advogado do Rio de Janeiro Fábio de Sousa Coutinho resgatou um pouco da história da Academia Brasileira de Letras e da presença de juristas ilustres entre os imortais.

Antes da conferência, o Diretor-geral da Escola Superior de Advocacia, professor João Batista Ericeira, que coordenou os trabalhos, deu as boas vindas ao conferencista. “A nossa intenção aqui é trazer os melhores para refletir sobre questões essenciais do Direito. A questão das Letras no Direito, para nós, é muito importante. Temos uma enorme satisfação de ter o professor Fábio de Sousa Coutinho aqui conosco para proferir essa conferência”, destacou.

Autor da biografia “Lúcia – Uma biografia de Lúcia Miguel Pereira”, sobre a vida da biógrafa de Machado de Assis e Gonçalves Dias e uma das referências do ensaísmo feminino nas décadas de 1920 e 1930, Fábio de Sousa Coutinho começou sua conferência “Juristas na Academia Brasileira de Letras” destacando a presença de maranhenses na ABL. “O estado do Maranhão tem essa fantástica representação na ABL. Além de Gonçalves Dias, outros patronos foram João Francisco Lisboa e Teófilo Dias, sobrinho de Gonçalves Dias. Entre os fundadores da ABL, ao lado de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, havia maranhenses ilustres também, como Graça Aranha, Coelho Neto, Raimundo Corrêa e os irmãos Aluísio e Arthur Azevedo”, ressaltou.

Segundo Fábio de Sousa Coutinho, a relação entre Direito e Literatura é muito próxima. “Tenho essa linha de pesquisa em Direito e Literatura, que são áreas muito próximas. Lidamos com a palavra, com a dialética, esse é um alimento para a nossa vida. Também estão no âmago da Literatura e do Direito a liberdade de expressão”, explicou.

Ele destacou a morte de Machado de Assis como um momento marcante na intersecção das duas áreas. “Quando Machado de Assis morre, em 1908, gera duas sucessões, uma na presidência da ABL e outra da cadeira que ele ocupava, Número 23. Ele foi sucedido por dois juristas: na presidência por Rui Barbosa e na cadeira por Lafayette Rodrigues Pereira”, pontuou o conferencista, que ainda destacou nomes de vários juristas ilustres na ABL, ao longo do tempo, como Pedro Lessa, Barbosa Lima Sobrinho, Raimundo Faoro, entre outros.

Ao final da conferência, Fábio de Sousa Coutinho entregou ao professor João Batista Ericeira um exemplar do livro “A vida de Gonçalves Dias”, de Lúcia Miguel Pereira, obra com poucos exemplares disponíveis, já que não é mais editada. A conferência contou com a presença do professor do Dr. Domingos Perdigão, neto de um dos fundadores da Faculdade de Direito o Maranhão.

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